segunda-feira, 6 de abril de 2009

segunda-feira, 23 de março de 2009


O VELHO POTE RACHADO

Um carregador de água, na Índia, levava dois potes grandes, ambos pendurados em cada ponta de uma vara a qual ele carregava atravessada em seu pescoço. Um dos potes tinha uma rachadura, enquanto o outro era perfeito e sempre chegava cheio de água no fim da longa jornada entre o poço e a casa do Senhor para quem o carregador trabalhava. O pote rachado sempre chegava com água apenas pela metade.
Foi assim por dois anos. Diariamente, o carregador entregando um pote e meio de água na casa de seu Senhor. Claro, o pote perfeito estava orgulhoso de suas realizações. Porém, o pote rachado estava envergonhado de sua imperfeição. Sentia-se miserável por ser capaz de realizar apenas a metade do que lhe havia sido designado fazer. Após perceber que por dois anos havia sido uma falha amarga, o pote rachado, um dia, falou para o carregador à beira do poço: — Estou envergonhado. Quero lhe pedir desculpas.
— Por que? — perguntou o homem. — De que você está envergonhado?
— Nesses dois anos — disse o pote — eu fui capaz de entregar apenas metade da minha carga, porque essa rachadura no meu lado faz com que a água vaze por todo o caminho que leva à casa de seu Senhor. Por causa do meu defeito você não ganha o salário completo dos seus esforços.
O carregador ficou triste pela situação do velho pote, e, com compaixão, falou: — Quando retornarmos à casa do meu Senhor, quero que observes as flores ao longo do caminho.
De fato. À medida que eles subiam a montanha, o velho pote rachado notou muitas e belas flores selvagens ao lado do caminho, e isto lhe deu ânimo. Mas, no fim da estrada, o velho pote ainda se sentia mal, porque, mais uma vez, tinha vazado a metade da água, e, de novo, pediu desculpas ao carregador por sua falha.
O carregador, então, disse ao pote: — Você notou que pelo caminho só havia flores no seu lado do caminho? Notou ainda que a cada dia, enquanto voltávamos do poço, você as regava? Por dois anos eu pude colher flores para ornamentar a mesa do meu Senhor. Sem você ser do jeito que você é, ele não poderia ter essa beleza para dar graça à sua casa

terça-feira, 17 de março de 2009

Se meu coração falasse
Diria da ventura suprema de estar envolto em amor
Se meu coração falasse
Diria quanto dói a saudade de um ex-amor
Se meu coração falasse
Diria quanto pesa a angústia de uma injustiça
Se meu coração falasse
Seria o melhor poeta
Diria da beleza de uma rosa
Da paz de um sorriso infantil
Da graça de um beija flor
Se meu coração falasse
Provavelmente seria um arauto da parceria
Um profeta ensinando-nos o Paraíso
Um seresteiro, um poeta, um trovador!
Se meu coração falasse
Certamente cantaria doces canções exaltando os casais
Conversaria em linguagem própria com os animais
Diria versos às flores
Faria dueto com as águas do rio a correr
Diria carinhos ao Sol e às Três Marias
Se precisasse da escrita para se comunicar
Escreveria colorido
Talvez em vermelho paixão
Ou em prata que pegaria das noites de luar
E quem disse que ele não arranjou um jeito de falar?
Diz amo você com meu olhar
Entoa ternuras quando me ponho a cantar
Reveste-me de verdade crua quando estou a poetar
Pena que sua voz é baixinha
E nem todos podem ouvi-lo!
Só os amantes possuem o poder de escutar
A doce e meiga voz do coração...
Privilégio dos amantes, então...

segunda-feira, 16 de março de 2009